Em agosto desse ano, o WWF-Brasil percorreu mais de dois mil quilômetros entre o norte de Minas Gerais e sudoeste da Bahia, registrando histórias de resistência, cooperativismo e a força da cultura do povo sertanejo, eternizado na obra de Guimarães Rosa: Grande Sertão Veredas. Mas no lugar dos rios e matas que servem de paisagem para essa história de amor, amizade e companheirismo, a equipe do filme “Grande Sertão:” encontrou desmatamento, queimadas e devastação.
No ritmo com que a destruição alavancada pelo agronegócio acontece na região, as veredas estão sendo destruídas – e há risco de faltar água de superfície na região dentro de vinte anos. O futuro aponta para um Grande Sertão, sem as veredas.
Mas que sertão é esse?
Entre chapadas e vales, com uma vegetação que varia entre formações florestais, campestres e savânicas, o Cerrado ocupa ¼ do território nacional, se estende por onze estados mais o Distrito Federal, abriga 5% da biodiversidade do mundo e 30% da biodiversidade brasileira.
Para fazer frente ao desafio de proteger o bioma e as águas de todo o Brasil, o WWF-Brasil investe em comunidades agroextrativistas originais da região. Trabalhando em cooperação, as comunidades tradicionais oferecem uma alternativa sustentável para desenvolvimento da região – além de conseguir ampliar a produção e encontrar novos mercados para seus produtos, alcançando até o mercado internacional.
O resultado dessa jornada está no filme Grande Sertão, que pode ser visto aqui. São imagens e depoimentos que relatam as histórias dessa população e as ameaças ao Cerrado Brasileiro. Assista!